Sobre a beleza maior, aquela que pulsa que vibra na fundação de forças incompreensíveis na vida incomum de pessoas brancas e de quem tem no consumo a centralidade da percepção de conquistas vitais, esse mero engano, o que no rápido passar de olhar sobre matriarcas anciãs dessas terras remanescentes se vai desconstruir. Nessa visita do Além do Mar, curta porém profunda, de certo vai ficar o gesto de Dna Vó de Baixo, o desprendimento de quem pouco tem, o presente como resposta a conexão de nossas almas, o sentido maior a caminhada que é o sentido dos encontros e a gratidão por sentir essa potência ancestral em nossa vida.
A comunidade Negro do Riacho que é de fato uma das comunidades quilombolas mais conhecidas do Rio Grande do Norte, apesar de se encontrar em região afastada e reconhecida como terras quilombolas.
Vulnerabilidades sociais expostas e seculares misturam-se a marca mais característica dessas famílias quando o assunto é patrimônio imaterial. O barro donde conta-se que viemos é a matéria prima que passa hereditária entre entes e elos de respeito e afirmação dessa comunidade. As louceiras como se conhece, levam a labuta da cultura do fazer retirado das terras, a argila que dá princípio a construção não só de utensílios de barro, mas, é a estrutura subjetiva que une as famílias molda as relações de hierarquias e posicionamento dentro de famílias, cuja as vulnerabilidades de direitos humanos elementares. muitas vezes ausentes não leva a esmorecer estes e estas persistentes protagonistas de suas próprias histórias.
Fragilizados na manutenção de condições de sobrevivência e auto-estima a vida se leva sob um sol escaldante em que suas peles brilham em contraste nas queimas do barro moldado das louceiras junto a os homens e crianças fazendo a vida se tornar exemplo a quem ali visita e compra as panelas, pratos, jarros. Há de ser recebido com calor humano, gentil e natural, quem ali experência a forma acolhedora garantindo memórias ricas de aprendizados e carinho.
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