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Archive for 8 de setembro de 2023

Comunidade Negro do Riacho – Currais Novos

No sol escaldante a queima das peças para levar as feiras e oferecer para o sustento das famílias.

Sobre a beleza maior, aquela que pulsa que vibra na fundação de forças incompreensíveis na vida incomum de pessoas brancas e de quem tem no consumo a centralidade da percepção de conquistas vitais, esse mero engano, o que no rápido passar de olhar sobre matriarcas anciãs dessas terras remanescentes se vai desconstruir. Nessa visita do Além do Mar, curta porém profunda, de certo vai ficar o gesto de Dna Vó de Baixo, o desprendimento de quem pouco tem, o presente como resposta a conexão de nossas almas, o sentido maior a caminhada que é o sentido dos encontros e a gratidão por sentir essa potência ancestral em nossa vida.

Vó de Baixo, desprendimento e sabedoria de uma matriarca.

A comunidade Negro do Riacho que é de fato uma das comunidades quilombolas mais conhecidas do Rio Grande do Norte, apesar de se encontrar em região afastada e reconhecida como terras quilombolas.

Dna Noêmia “não quero ficar parada, é melhor fazer minhas panelas”.

Vulnerabilidades sociais expostas e seculares misturam-se a marca mais característica dessas famílias quando o assunto é patrimônio imaterial. O barro donde conta-se que viemos é a matéria prima que passa hereditária entre entes e elos de respeito e afirmação dessa comunidade. As louceiras como se conhece, levam a labuta da cultura do fazer retirado das terras, a argila que dá princípio a construção não só de utensílios de barro, mas, é a estrutura subjetiva que une as famílias molda as relações de hierarquias e posicionamento dentro de famílias, cuja as vulnerabilidades de direitos humanos elementares. muitas vezes ausentes não leva a esmorecer estes e estas persistentes protagonistas de suas próprias histórias.

Não há limite para cultivar a alegria. Essa é a lição da infância.

Fragilizados na manutenção de condições de sobrevivência e auto-estima a vida se leva sob um sol escaldante em que suas peles brilham em contraste nas queimas do barro moldado das louceiras junto a os homens e crianças fazendo a vida se tornar exemplo a quem ali visita e compra as panelas, pratos, jarros. Há de ser recebido com calor humano, gentil e natural, quem ali experência a forma acolhedora garantindo memórias ricas de aprendizados e carinho.

A marca da comunidade são as famílias em torno da cultura das louceiras.
As panelas de argila tem características de brilho próprias apenas da matéria prima extraída pelas louceiras de Negro do Riacho.

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